terça-feira, 27 de setembro de 2011

CNJ classifica como levianas declarações de sua corregedora

A crise que vive o Conselho Nacional de Justiça ficou evidente na manhã desta terça-feira, quando o presidente Cezar Peluso leu em plenário uma nota, assinada por ele e outros 11 conselheiros, repudiando declarações feitas pela corregedora da própria instituição, Eliana Calmon. Sem citar sequer uma vez a colega, a nota lida por Peluso diz que as declarações são "acusações levianas" que foram feitas de "forma generalizada" e "ofendem a idoneidade e dignidade de todos os magistrados de todo o Poder Judiciário". "O Conselho Nacional de Justiça, no exercício do dever constitucional de velar pela integridade da magistratura, repudia veementemente acusações levianas que, sem identificar pessoas nem propiciar qualquer defesa, lançam, sem prova, dúvidas sobre a honra de milhares de juízes que diariamente se dedicam ao ofício de julgar com imparcialidade e honestidade, garantindo a segurança da sociedade e a estabilidade do Estado Democrático de Direito e desacreditam a instituição perante o povo". A nota se a recente entrevista em que a ministra Eliana Calmon fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir, no Supremo Tribunal Federal, o poder de investigação do CNJ. "Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou ela em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais). É a primeira vez que um integrante do conselho é publicamente desautorizado por seus colegas. Essa situação revela a guerra velada entre Eliana Calmon e César Peluso. Enquanto a primeira defende que o CNJ tem de apurar e punir magistrados que cometeram irregularidades, o segundo afirma que o conselho deve esperar decisões da corregedoria dos próprios tribunais antes de agir. A nota foi lida por Peluso no momento em que a sessão iniciava, por volta das 11h30 da manhã desta terça. O encontro estava marcado para as 9h, mas atrasou porque Peluso, Eliana Calmon e os demais integrantes do conselho tiveram uma longa discussão, em clima tenso.

Um comentário:

Robson disse...

E um absurdo o Brasil... Juizes legislando em causa própria, vendendo sentenças, atuando como defensores de bandidos, e por ai afora, e ainda querem proibir de serem fiscalizados? É parece que estao dando o ponta pé inicial, nao para a copa do mundo, mas para outra ditadura no Brasil, pq e isso que vai acontecer, logo sera preciso entrar alguem com mao forte e sair matando politicos, juizes e outros corruptos afora.