quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dólar fecha a R$ 1,86 com forte alta

Há 15 meses o mercado de câmbio doméstico não negociava o dólar a preços tão altos como visto na sessão desta quarta-feira. Em leve queda pela manhã, quando chegou a ficar abaixo de R$ 1,80, a moeda americana atingiu o pico do dia (R$ 1,86) no final da tarde. A cotação até chegou a ceder para R$ 1,85 logo depois, mas voltou para o valor máximo no encerramento das operações: R$ 1,865, em forte alta de 4,24%. Nos Estados Unidos, a agência de classificação Moody's piorou sua avaliação sobre o risco de solvência de dez bancos do país. E no velho continente, permanece indefinida o repasse de novos recursos financeiros para "salvar" a Grécia, país com uma delicada situação financeira, e que precisa de dinheiro novo do FMI e da União Européia para saldar seus compromissos e evitar um "default" (calote), evento que, se concretizado, muitos comparam a um novo evento "Lehman Brothers". Profissionais do setor financeiro notam que a forte alta dos últimos dias também deve ser atribuída a um nervosismo dos agentes financeiros. E que parte dessa trajetória também pode ser atribuída à especulação: segundo operadores, grandes agentes financeiros ajustaram suas "apostas" no mercado futuro para ganhar com a alta das cotações, em vez da baixa, como era praxe até julho e agosto. Uma parcela do mercado ainda avalia que a taxa cambial deve voltar para patamares mais baixos nos próximos meses. "Está todo mundo gritando 'fogo' agora, mas em algum momento esse dólar vai ter voltar a refletir os fundamentos da economia", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

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