domingo, 4 de setembro de 2011

Empresas da Eletrobras vencem nove dos 12 lotes de leilão da Aneel

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) comemorou na sexta-feira o resultado do leilão de 12 lotes com projetos de linhas de transmissão e subestações. O evento foi realizado na BM&FBovespa, em São Paulo. No leilão, a Agência conseguiu deságio global de 22,7% em relação ao valor máximo de receita permitida para as empresas que irão assumir os projetos. O conjunto desses empreendimentos dará aos consórcios receita anual total de R$ 263,6 milhões. A Aneel havia definido, antes do leilão, um teto no faturamento para esse bloco de projetos no valor de R$ 341,2 milhões. Para Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel, o resultado reafirma a correção do modelo de leilões adotado pelo Brasil, que, de acordo com ele, está sendo "exportado" para outros países. Os lotes foram disputados por 16 empresas em seis consórcios diferentes. O governo colocou no certame o total de 2.077 quilômetros de linhas de transmissão e mais 13 subestações de energia. Os valores obtidos em leilões de linhas de transmissão ou de usinas hidrelétricas são incorporados ao custo do setor elétrico brasileiro, o que é rateado todos os anos pelos consumidores do País. Essa despesa é paga na conta de luz. Apesar de ter uma base de geração predominantemente hidrelétrica e de apurar deságios até expressivos nos últimos leilões, a tarifa de energia para o consumidor final no Brasil continua a ser uma das mais caras do mundo. Resultado, alega o governo, de vários encargos e tributos jogados sobre o valor do consumo de eletricidade no Brasil. O megawatt/hora para os consumidores finais no Brasil varia entre R$ 350,00 a R$ 400,00.

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