domingo, 18 de setembro de 2011

Família de Lamarca tenta provar que ele não foi um “desertor”

Exatos 40 anos após a morte de Carlos Lamarca, sua família ainda luta na Justiça para provar que um dos mais importantes militares a aderir à luta armada contra a ditadura não foi um desertor. Em junho de 2007, a Comissão da Anistia do Ministério da Justiça deu a Lamarca a patente de coronel e à sua viúva, Maria Pavan, o direito de ganhar R$ 12,1 mil mensais e R$ 902,7 mil de indenização. Mas, em outubro daquele ano, a Justiça Federal no Rio de Janeiro, em ação movida por clubes militares das três Forças, ordenou a suspensão da promoção e dos pagamentos. A decisão foi uma liminar, ou seja, teve caráter provisório. Passados quase quatro anos, o processo não ganhou uma sentença, o que deve ocorrer ainda neste ano. A argumentação gira em torno do fato de Lamarca, ao se insurgir contra o governo, ter ou não abandonado irregularmente a sua função. A juíza entendeu que “sua exclusão das Forças Armadas decorreu de abandono, em janeiro de 1969, do 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna”, o que caracteriza “crime de deserção”.

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