domingo, 4 de setembro de 2011

Foge policial da milícia Liga da Justiça que estava preso no Rio de Janeiro

Apontado como um dos mais perigosos integrantes da milícia Liga da Justiça, o ex-policial militar Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, fugiu na madrugada de sexta-feira do Batalhão Especial Prisional, no Rio de Janeiro, menos de 24 horas após o início da Operação Pandora, promovida pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio contra o mesmo grupo paramilitar. A Corregedoria da Polícia Militar instaurou inquérito e determinou a prisão do oficial do dia, considerado conivente com a fuga. Carlão foi um dos 18 denunciados por formação de quadrilha pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o ex-cabo da PM "é um dos mais virulentos homicidas a integrar as hostes da quadrilha. É o responsável pela perpetração de incontáveis assassinatos na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro em prol da malta". Ainda segundo a denúncia, mesmo antes de fugir, Carlão havia transformado sua cela no BEP em uma espécie de escritório da Liga da Justiça. De lá, ele e o também ex-PM Ivo Mattos da Costa Junior, o PM Junior ou Tomate, controlavam a cobrança de taxas de mototaxistas e vans e a arrecadação com a venda de sinal pirata de TV por assinatura (gatonet), segundo os promotores. Além dele, outros três ex-PMs denunciados ambém estavam presos. Mais cinco pessoas, sendo duas mulheres, foram presas durante a operação. Para fugir, Carlão forçou a entrada na sala que a Defensoria Pública mantém no BEP. O ex-PM passou então por um pátio interno até chegar a uma guarita desativada. Carlão teria usado uma corda para descer o muro. A polícia acredita que um carro já esperava o miliciano do lado de fora do BEP. A Polícia Militar do Rio de Janeiro tinha que ser exterminada.

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