quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Governo de Minas Gerais vai contratar 12 mil professores para substituir grevistas

O governo de Minas Gerais publicou nesta quinta-feira autorização para que as escolas da rede pública estadual contratem cerca de 12 mil professores para substituir os docentes em greve há cem dias. Os substitutos vão suprir a falta dos 8,7% docentes grevistas, conforme divulgado pelo governo. Outros 2.400 substitutos já haviam sido contratados pelo governo mineiro para dar aulas para os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, por causa da realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no próximo mês. O governo também refez o calendário de reposição dos dias parados. O ano letivo vai se estender até fevereiro de 2012, com aulas aos sábados e feriados. Em março do próximo ano terá início o ano letivo de 2012. Segundo o sindicato, a greve atinge 50% das escolas. O governo diz que pouco mais de 1% das escolas estão totalmente paralisadas, e em 19% a paralisação é parcial. Há cerca de 2,3 milhões de alunos na rede estadual mineira, e 1 milhão foi afetado pela greve, de acordo com a federação de pais. O piso nacional do professor, estabelecido por lei federal, tem o valor fixado pelo governo federal em R$ 1.187,00 para 40 horas semanais. Como Minas Gerais paga os professores por 24 horas semanais, o governo estadual ofereceu o piso de R$ 712,00 que é o valor proporcional ao piso nacional. A proposta, contudo, não foi aceita porque o sindicato alegou que o governo mineiro não diferenciou os professores de nível médio dos que têm nível universitário ou pós-graduação. Essa oferta atinge 38% dos professores, segundo o governo mineiro. São os que optaram por receber pelo vencimento básico (R$ 712,00) mais as gratificações. Os outros 62% optaram por receber por um sistema de valor único (subsídio) e que diferencia o nível dos docentes, como foi estabelecido em lei estadual.
Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, os professores decidiram continuar a greve.

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