sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Governo e empresas não se entendem sobre tarifa interestadual

Empresas e governo não se entendem sobre o cálculo da novas tarifa para o transporte rodoviário interestadual. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) ouviu nesta quinta-feira empresários e trabalhadores para discutir a licitação do setor, estimada para acontecer em início de 2012. Para referenciar o novo preço, a agência estima uma frota de 6152 veículos para circular em todo o País, com um número reduzido de horários de ônibus em algumas linhas. A ANTT também determina que cada empresa deverá manter uma frota reserva de 10% do seu material rodante. Segundo a superintendente de serviços de transporte de passageiros, Sonia Haddad, o estudo feito pela ANTT estima que em 85% das linhas haverá uma redução média de tarifa de 11%. O setor empresarial criticou a base de cálculos, alegando que a referência é muito aquém da demanda nacional. Para o presidente da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), Renan Chieppe, a frota necessária para atender a demanda brasileira é de 10 mil a 12 mil veículos. Chieppe também criticou o percentual de reserva, que seria insuficiente para os picos extremos de demanda, como Natal e Ano Novo. Haddad afirmou que a ANTT considera ampliar o valor da frota reserva mínima, mas defende os demais cálculos feitos pela agência. Segundo ela, os números foram colhidos em pesquisa de campo, em mês, dia, horário e trecho de pico de demanda. Os números são referenciais para o cálculo da tarifa, as empresas poderão investir mais que o estudo aponta, explicou ela. Não poderão cobrar mais que a tarifa estabelecida. O setor reclama também de demissões que devem ocorrer com a licitação. A CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Transporte Terrestre) estima que cerca de 40 mil pessoas podem ser demitidas.

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