quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Justiça decreta prisão de outro policial militar suspeito de matar juíza

O juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Petersen Barroso Simão, decretou na tarde desta quinta-feira a prisão temporária por 15 dias do soldado Handerson Lents Henriques da Silva, da Polícia Militar, apontado como suspeito de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto, em Niterói. Segundo a Polícia Civil, o policial teria fornecido o endereço da juíza aos assassinos. O soldado Silva faz parte do 7º Batalhão de São Gonçalo. Ainda não há informações sobre o paradeiro dele. Na última terça-feira, a polícia prendeu o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira sob acusação de ser o mandante do crime, quando ainda era o comandante do Batalhão de São Gonçalo. Além dele, outros nove policiais militares permanecem presos sob suspeita de participar do assassinato. No início da semana, um dos cabos presos disse aos investigadores que Oliveira fazia operações ilegais quando comandava o Batalhão de São Gonçalo e ainda ficava com parte do material apreendido. O tenente-coronel foi exonerado e está preso em Bangu 1. O ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo havia sido transferido para o 22º Batalhão da Maré dias depois da morte da juíza. Após a prisão de Oliveira, o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, pediu demissão do cargo. O tenente-coronel era homem de confiança de Duarte, que foi o responsável direto por sua nomeação para o comando do 22º Batalhão, na Maré. Segundo a investigação feita até agora, a motivação do assassinato está relacionada à morte do jovem Diego Beliene, de 18 anos, durante uma operação policial. Os envolvidos neste crime, lotados no Batalhão de São Gonçalo, eram investigados pela suspeita de terem forjado a morte de Beliene como sendo "auto de resistência", como são classificadas pela Polícia Militar as mortes de suspeitos "em confrontos". Na verdade, não passam de execuções ilegais. Comento: no Rio de Janeiro, está tudo dominado.

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