sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Argentina quer ensino de mais Karl Marx e menos neoliberalismo em escolas de economia

O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, e seu vice, Roberto Feletti, defendem que as faculdades federais de economia do país modifiquem a atual grade escolar para dar "mais espaço" para as teorias do alemão Karl Marx, do inglês John Keynes e do argentino Raul Prebisch (fundador da Cepal), segundo confirmou o subsecretário de Coordenação Econômica do Ministério da Economia, Alejandro Robba. "As faculdades argentinas hoje apresentam grades mais ortodoxas e nós apoiamos que elas sejam mais heterodoxas", disse ele. "Além de Karl Marx, de Keynes e de Prebisch, o ministro apóia a maior presença de textos do professor brasileiro Franklin Serrano e do polaco Michal Kalecki, entre outros", disse. O Ministério da Economia quer reduzir a presença de textos de economistas identificados com a década de 90 e associados, como afirmam, ao "neoliberalismo". O ministro tem dito que "os planos de estudos de Ciências Econômicas fazem parte de um domínio neoliberal e é preciso modificá-los". De acordo com o jornal de economia "El Cronista", de Buenos Aires, com uma grade "heterodoxa", as autoridades esperam que as faculdades estejam em sintonia com o "modelo de acumulação com inclusão social", lançado pelo ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), antecessor de sua viúva, a atual presidente. A América Latina é inexcedível em sua capacidade de culto à idiotia. A Argentina, que já foi chamada de a Europa latinoamericana, está hoje transformada nessa boçalidade pelo autoritarismo peronista populista. Ou seja: a Argentina caminha novamente para a desintegração.

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