sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Astiz é julgado na Argentina

Alfredo Astiz, ex-militar acusado de crimes contra a humanidade durante a ditadura argentina, fez na sexta-feira suas considerações finais antes da sentença. Alfredo Astiz disse que agia como um combatente e não como um repressor. Alfredo Astiz ainda conserva o olhar angelical que conquistou suas vítimas. Ele se infiltrou no grupo das mães da Praça de Maio, cujos integrantes foram assassinados. Ficou conhecido como o "anjo loiro da morte". O ex-oficial da Marinha argentina atuava na Escola Superior da Armada (Esma), o maior centro de torturas e assassinatos do regime. Astiz e outros 18 réus estão sendo julgados pelas mortes de uma estudante sueca, que vivia em Buenos Aires, e de duas freiras francesas. A França já o condenou, à revelia, à prisão perpétua. Na última alegação, antes da sentença argentina, Astiz disse que o processo é uma perseguição política e que não deveriam chamá-lo de repressor, mas de combatente, porque lutou contra terroristas. "Isto não é um julgamento e sim um linchamento", afirmou ele. Norberto Tozzo é outro réu da ditadura. Foi extraditado do Brasil e chegou a Buenos Aires na madrugada de sexta-feira. Vai ser julgado pelo fuzilamento de presos políticos.

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