sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ativismo de Leymah Gbowee na Libéria lhe rende Nobel da Paz

A liberiana Leymag Gbowee, premiada nesta sexta-feira com o Nobel da Paz de 2011, ao lado de sua compatriota e presidente Ellen Johnson Sirlead, e da iemenita Tawakkul Karman, é uma militante pacifista que contribuiu para acabar com as guerras civis que devastaram seu país até 2003. Desde que se tornou conhecida no movimento pacifista, essa originária da etnia Kpellé ganhou outro apelido no cenário internacional: "a guerreira da paz". Leymah Roberta Gbowee chamou as mulheres a orar pela paz, sem distinção de religião e frequentemente vestidas de branco. O movimento foi crescendo durante o conflito, até culminar em uma greve de sexo, obrigando o regime de Charles Taylor a integrá-las às negociações de paz. Em dezembro de 1989, depois de iniciar uma rebelião contra o presidente liberiano Samuel Doe, Charles Taylor se apoderou em poucos meses da quase totalidade do país e tornou-se presidente em 1997. Enfrentando revolta armada, se viu obrigado a deixar o poder em 2003. Durante a guerra, Gbowee conviveu diariamente com as crianças soldados e percebeu que "a única maneira de mudar as coisas, do mal para o bem, era que nós, mulheres e mães dessas crianças, nos levantássemos e avançássemos pelo bom caminho". Hoje ela é mãe de seis filhos e está instalada desde 2005 em Gana. "Nada deveria levar as pessoas a fazer o que fizeram com as crianças da Libéria", drogadas, armadas, convertidas em máquinas de morte, explicou em um documentário sobre a luta das liberianas pela paz.

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