domingo, 16 de outubro de 2011

Bancos públicos ignoram efeitos da crise e reduzem reservas contra calote

Mesmo com a crise batendo à porta, os bancos públicos parecem não estar muito preocupados com um eventual aumento da inadimplência. Enquanto os bancos privados separaram mais de R$ 1 bilhão apenas em agosto para reforçar a proteção contra calotes, instituições controladas pelo governo reduziram suas provisões em R$ 36 milhões no mês. Dados do Banco Central mostram que, no último trimestre, bancos particulares separaram R$ 1,00 em provisão para cada R$ 9,10 emprestados. Já os públicos reservaram R$ 1,00 para cada R$ 34,90 em novos financiamentos. Bancos públicos e privados chegam ao atual estágio da crise com estratégias bem diferentes para se preparar contra uma eventual piora da saúde financeira dos clientes. Desde o início do ano, instituições privadas têm aumentado as provisões em ritmo mais forte que as operações de crédito. Nos públicos, acontece exatamente o contrário: empréstimos crescem mais que as provisões contra calote.

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