quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Brasil precisa conter inflação sem causar estragos no câmbio, diz OCDE

Conter a inflação sem causar efeitos negativos no câmbio é o principal desafio macroeconômico do Brasil no curto prazo, aponta estudo realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e divulgado nesta quarta-feira. De acordo com análise, parte da apreciação da moeda brasileira nos últimos anos, que tem acarretado preocupações em relação à competitividade do Brasil, tem sido estrutural. "É desaconselhável esforços com vista a compensar o aumento", diz o texto. O levantamento sobre a economia brasileira aponta ainda que, apesar do mérito do país em ter se recuperando rapidamente dos efeitos da crise internacional, o Brasil precisa realizar mudanças mais amplas e estruturais, como a reforma da Previdência, redução da carga fiscal e investimentos em infraestrutura. Esses pontos, na avaliação da organização, são fundamentais para que o crescimento brasileiro seja sustentável. A OCDE aposta que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil ficará abaixo de 4% nos próximos dois anos, acima da média dos países vinculados à organização. "Acreditamos que o Brasil poderá alcançar, a médio prazo, um crescimento mais elevado e com inclusão ainda mais abrangente, sob a condição de que quem toma as decisões políticas no país enfrente os mais importantes desafios econômicos, criando uma dinâmica propícia a reformas mais amplas", afirma o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría no texto divulgado pela entidade. A OCDE reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento, com renda e IDH elevados. Atualmente, a entidade conta com 34 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. O Brasil compõe o quadro de membros.

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