quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dilma defende PCdoB e diz não ter pressa sobre caso do comunista Orlando Silva

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, antes de embarcar de volta ao Brasil, que não se pode "demonizar" o PCdoB, partido do "comunista das multidões" Orlando Silva, após as acusações envolvendo o Ministério do Esporte. "Não se pode demonizar partidos que lutaram no Brasil pela democracia", disse ela sobre o desgaste do PCdoB com as denúncias envolvendo o ministro. A fala de Dilma é absolutamente distorcedora da história. O PCdoB não lutou pela democracia. Ao contrário, com a instalação da Guerrilha do Araguaia, na segunda metade da década de 60, o PCdoB pretendia implantar no Brasil um regime comunista, com a ditadura do proletariado. "Fazer julgamento de partido é uma tolice. O meu governo respeita o Partido Comunista do Brasil, que tem quadros absolutamente importantes para o País", disse ela. Dilma disse que existe um "processo irracional" nas críticas ao partido. Sobre as acusações contra o "comunista das multidões" Orlando, ela afirmou que não tem pressa e que vai preservar o governo e os interesses do País. A presidente disse ainda que não se pode fazer "apedrejamento moral de ninguém". Parece que ela andou conversando com Lula, o pensamento é o mesmo. Ela destacou que não vai permitir que façam julgamento precipitado e que é preciso "preservar a presunção da inocência": "Eu vou olhar tudo com imensa tranquilidade e tomarei as posições necessárias para preservar não só o governo, mas preservar os interesses do País". A presidente criticou a imprensa por noticiar vazamentos e opiniões do governo que, segundo ela, não correspondem com o que pensa. "Eu li com muita preocupação as notícias do Brasil. Primeiro pelo grau de imprecisão nas observações a respeito do governo. O governo não fez, não fará, nenhuma avaliação e julgamento precipitados de quem quer que seja. Eu acho que fontes, vazamentos... É interessante que vazam frases com aspas minhas e eu não falei com ninguém". Se há vazamentos apontados pela imprensa é porque o governo de Dilma Rousseff, em poucos meses, especializou-se no uso dessa tática. A ministra da Informação, Helena Chagas, "canta" informações "privilegiadas" nos ouvidos de jornalistas e veículos selecionados. Ela é a verdadeira "Golberi" do governo Dilma, já chamada em alguns circuitos de "Geisel" do regime petista.

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