segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em Bruxelas, Dilma diz que ajustes fiscais drásticos "aprofundam" a crise

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira em Bruxelas que os ajustes fiscais drásticos só servem para "aprofundar" a estagnação da economia, a perda de oportunidades e o desemprego. Ela se reuniu na capital belga com o primeiro-ministro interino da Bélgica, Yves Leterme, antes de participar de um jantar de trabalho no início da quinta cúpula entre a União Européia e o Brasil. Dilma lembrou a crise da dívida que afetou os países latino-americanos na década de 1980, e afirmou que "na época, os ajustes fiscais extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação, perda de oportunidades e desemprego". "Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia", avaliou. A presidente relembrou as dificuldades econômicas que o Brasil enfrentou durante os anos 1980 e 1990, com "perdas bastante significativas" em diferentes áreas. Para ela, é importante que os países "levem a população em conta durante este período de crise, para que sofra o mínimo possível, sobretudo no que se refere ao desemprego". Além disso, Dilma afirmou que o Brasil fará "tudo o que for necessário" para diminuir o impacto da crise em sua economia interna.

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