terça-feira, 18 de outubro de 2011

Hotel em Pernambuco usa lençóis infectados de hospitais americanos enviados ao Brasil como lixo

O dono de um hotel no interior de Pernambuco afirma que nunca entendeu as palavras em inglês grafadas nos tecidos brancos que usa como lençóis em seu estabelecimento. Em parte dos 15 quartos do hotel Styllus, em Timbaúba (a 130 quilômetros de Recife), as camas eram arrumadas com lençóis que apresentam nomes de hospitais americanos. Segundo o proprietário, Marcondes Mendes, uma loja do centro da cidade vende os tecidos como se fossem novos. Ele afirmou que não sabia que o material era proveniente de hospitais e que pagava para uma costureira fazer lençóis com os tecidos adquiridos por ele: "Hotel, motel, casa de família, aqui todo mundo compra na mesma loja quando está barato". Mendes afirmou que os tecidos que comprou não tinham manchas. Mendes disse ainda que, depois de ouvir pela imprensa que lixo hospitalar estava sendo vendido na cidade, tirou os lençóis e guardou para entregá-los a órgãos de fiscalização. O proprietário disse também que não foram apontadas irregularidades no hotel em vistorias realizadas no passado. "Sou inocente, não compraria mercadoria que fizesse mal a alguém. Até eu durmo nos lençóis quando não vou para casa", afirma. O lixo hospitalar era importado e vendido pela Império do Forro de Bolso, de Santa Cruz do Capibaribe (PE), que teve duas lojas interditadas no fim de semana pela Vigilância Sanitária, nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe e de Toritama, onde o tecido pode ser comprado por R$ 10,00 o quilo. Centenas de empresas no Brasil fazem essas importações de material descartado como lixo hospitalar nos Estados Unidos.

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