quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Justiça coloca petista Agnelo Queiroz como suspeito de receber propina

A Justiça Federal em Brasília encontrou indícios que colocam o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), como suspeito de ter recebido propina de R$ 256 mil em desvios de dinheiro do programa Segundo Tempo, quando ele era ministro do Esporte. Na decisão de levar o inquérito ao Superior Tribunal de Justiça, o juiz federal Marcus Bastos afirma que o relatório final da investigação na Polícia Civil levantou indícios de um "suposto recebimento de R$ 256 mil em espécie pelo então ministro Agnelo Queiroz". O juiz conclui então que, como Agnelo agora é governador, cabe ao STJ investigá-lo. Ao decidir por mudar o foro do processo, o juiz federal atendeu a um pedido do Ministério Público Federal. Os procuradores, por sua vez, dizem que há indícios do "suposto envolvimento do ex-ministro no aventado esquema de desvios de recursos federais" à ONG do policial João Dias Ferreira. O policial afirma que o programa Segundo Tempo é utilizado para desviar dinheiro do ministério para abastecer entidades ligados ao PCdoB. Quando era ministro, Agnelo estava filiado ao PCdoB, assim como o policial que delatou o esquema. Após três anos de investigação em segredo, o STJ decidiu nesta quarta-feira quebrar o sigilo do inquérito da chamada Operação Shaolin, que investiga as ONGs de João Dias Ferreria e desvios no Ministério do Esporte. Os ministros da Corte Especial do tribunal determinaram que só correrá sob sigilo informações decorrentes de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico. O caso foi remetido ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que deverá analisar se continuará investigando as suspeitas contra o governador, ou se arquivará o inquérito.

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