domingo, 23 de outubro de 2011

Peronista populista Cristina Kirchner reeleita presidente na Argentina com grande vantagem

A peronista populista Cristina Kirchner foi reeleita neste domingo com uma vitória arrasadora para permanecer no posto de presidente da Argentina até 2015. As pesquisas de boca de urna dão a ela 55% dos votos. Cristina Kirchner obteve a maior vantagem do primeiro para o segundo colocado em uma eleição presidencial desde a restauração da democracia em 1983. Eufóricos, militantes governistas saíram às ruas minutos depois do anúncio da reeleição da mandatária pela TV e começaram a agitar bandeiras e a bater bumbos na Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do governo. "Somos a gloriosa Juventude Peronista!", cantavam os manifestantes na praça, membros dessa espécie de SA populista sul-americana. O segundo mais votado foi o governador socialista de Santa Fe, Hermes Binner, com 16%, segundo pesquisas coincidentes. A popularidade de Kirchner é apoiada, segundo analistas, na dinâmica da economia, no consumo e nas exportações agrícolas em um país com uma média de 8% de crescimento do PIB desde 2003. "A razão da vitória é simples, 60% dos argentinos estão bem e dos 40% restantes, que estão mal, a metade é peronista", disse o sociólogo Jorge Giacobbe, diretor da consultoria de mesmo nome e ex-assessor da Transparência Internacional. Giaccobe disse que outros motivos são "a inexistência de oposição e a comprovação de que os meios de comunicação opositores não incomodam Cristina Kirchner". Durante sua campanha, Cristina Kirchner ressaltou a redução dos níveis de pobreza, que hoje chega a 8,3% (2 milhões de pessoas nas 31 principais cidades do país). Cristina Kirchner já tinha obtido 50,7% dos votos nas primárias obrigatórias de 14 de agosto. Quase 29 milhões de argentinos estavam habilitados a votar nestas eleições, em que também foram renovados a metade da Câmara dos Deputados, um terço do Senado e foram eleitos nove governadores.

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