sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Polícia Federal realiza operação para desarticular máfia israelense no Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, em conjunto com a Receita Federal, uma operação para desarticular uma organização criminosa formada por integrantes da máfia israelense, que no Brasil atuava, principalmente, na exploração de máquinas caça-níqueis. Cerca de 150 servidores da Receita Federal e 500 policiais federais cumpriram 22 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão em 14 Estados e no Distrito Federal. Além disso, foi realizado bloqueio de bens estimados no valor de R$ 50 milhões. Os presos poderão responder pelos crimes de contrabando e comércio ilegal de pedras preciosas, crime contra a economia popular, formação de quadrilha, crimes contra ordem tributária, lavagem de capitais, evasão de divisas e outros delitos, estando sujeitos a penas de até dez anos de prisão. Os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Estado do Rio de Janeiro, atingiram escritórios das empresas relacionadas ao esquema, revendedoras de veículos, comissárias de despacho aduaneiro e residências das pessoas envolvidas, além da apreensão de veículos importados identificados como contrabandeados pelo grupo. Entre outros crimes, o grupo atua na importação de veículos de luxo usados de várias marcas e modelos. A importação desses carros, segundo a Receita Federal, não é autorizada, com exceção daqueles com mais de 30 anos de fabricação e os recebidos por herança, por exemplo. Em diversos processos de importação, não houve o fechamento de câmbio da operação, apontando que o pagamento ao exportador estrangeiro teria se dado por outro meio. Os membros da máfia israelense integram uma organização conhecida como "Abergil Family" (Clã Albergil), que está envolvida em esquemas ilícitos em diversos países, como agiotagem, prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas. A investigação da operação "Black Ops" contou com o apoio de agências de inteligência de Israel, da Inglaterra e dos Estados Unidos.

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