sábado, 8 de outubro de 2011

UFMT conclui que existem indícios de fraude em pesquisas de professor

Uma sindicância interna da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) elaborou um parecer que indicou indícios de irregularidades nos trabalhos científicos elaborados com a participação do professor-doutor em química, Denis Guerra, 41 anos. Ele integra um grupo de pesquisadores brasileiros que teve 11 artigos desconsiderados pela revista Elsevier, uma publicação científica francesa de renome internacional. Segundo o vice-reitor da UFMT, Francisco Souto, integrante da sindicância, esta foi a primeira vez na história da instituição que um professor teve envolvimento em um suposto caso de fraude. “A sindicância averiguou que de fato as denúncias contra o professor são procedentes”, disse o vice-reitor. O parecer da sindicância gerou a abertura de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) conduzido pela UFMT que poderá resultar na absolvição ou até na expulsão do professor do quadro de profissionais da universidade. “Três profissionais integram o procedimento administrativo desenvolvendo um trabalho isolado para evitar influências. Um é professor da área de tecnologias da universidade os outros dois são representantes externos da Controladoria Geral da União”. O professor Denis Guerra negou todas as suspeitas levantadas contra ele: “Essas acusações são falsas. Eu nego todas. Não houve fraude alguma nos trabalhos publicados”. A Elsevier informou que há sinais de manipulação evidentes e conclusivos. O trabalho do grupo teria adulterado determinados gráficos e imagens. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o procedimento administrativo puniu o químico Cláudio Airoldi com a suspensão de 45 dias por agir com suposta negligência devido ao envolvimento nestas publicações.

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