quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Às vésperas de invasão pelo BOPE, escolas da favela da Rocinha não têm aulas

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que as duas escolas e duas creches que funcionam no interior da favela da Rocinha estão funcionando normalmente. A polícia realizou operação no entorno da comunidade desde a manhã desta quarta-feira, para tentar evitar a fuga de criminosos. A movimentação de traficantes ocorre porque a Rocinha deve ser ocupada nos próximos dias pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) para implantação da 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro. Até hoje, o governo do Rio de Janeiro e a chefia de polícia sempre avisou aos traficantes da iminência da operação, para que eles possam fugir. No caso das escolas, os alunos foram liberados das aulas à tarde. Professores da escola Dr. Bento Rubião, que atende mais de mil crianças de até 10 anos, disseram que a escola está fechada e que receberam a informação da direção avisando que não haveria aulas, mas sem explicar o motivo. Segundo os educadores, é comum que as aulas sejam suspensas quando há tiroteio ou operação policial na favela. Uma professora da escola disse que nas últimas aulas os alunos têm comentado sobre a iminente ocupação da favela pela Polícia Militar. O clima na favela é tenso e moradores da Rocinha disseram temer confrontos entre policiais e traficantes. A principal preocupação é com balas perdidas, mas os moradores também disseram ter medo de criminosos invadiram suas casas à procura de refúgio. "Isso aqui tá um barril de pólvora", disse um morador.

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