quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Avião espião não-tripulado faz vôo de apresentação no Paraná

A aeronave de observação comprada pelo governo federal para vigiar as fronteiras do Brasil foi apresentada nesta quinta-feira em São Miguel do Iguaçu, a 40 quilômetros de Foz do Iguaçu (PR). O ministro da Justiça, o petista José Eduardo Cardozo, acompanhou o vôo de apresentação da fase operacional do Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado). Coordenado pela Polícia Federal, o avião sem piloto foi apresentado pela primeira vez em julho de 2009, mas pouco saiu do chão. Problemas operacionais e até falta de combustível impediram o funcionamento do aparelho. Cardozo disse que, dessa vez, o equipamento inicia a vigilância de forma contínua na tríplice fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina. O projeto prevê o funcionamento de 14 aeronaves em diferentes regiões do território nacional. Cada base completa (aeronaves, radares, câmeras, centro de controle e treinamento) custa US$ 40 milhões. Segundo o Ministério da Justiça, a previsão é investir R$ 600 milhões até a Copa de 2014 em tecnologia, compra de bases aéreas, capacitação e aquisição de centros de controle. Sobre a implantação do sistema em outros pontos críticos do Brasil, José Eduardo Cardozo disse que prefere "não fazer previsões" e que está avaliando o desempenho do Vant. Por enquanto, começará a operar de forma efetiva apenas um avião para vigiar a região de Foz do Iguaçu. "Estamos avaliando a data de chegada dos outros dois veículos para essa primeira base", disse Alessandro Moretti, coordenador-geral do Cintepol (Centro Integrado de Inteligência Policial e Análise Estratégica), da Polícia Federal. O Vant tem 16 metros de envergadura e pesa 1.250 quilos. Sua capacidade de vôo é de 37 horas seguidas, desde que até 1.500 quilômetros da base de controle, que tem comunicação por satélite. Essa autonomia permite ao avião sobrevoar todo o lago de Itaipu, com 170 quilômetros extensão de Foz do Iguaçu a Guaíra (oeste do Paraná). Durante o vôo, a aeronave fotografa e filma pessoas e objetos com câmeras diurnas e noturnas, a 10 mil metros, sem perder a nitidez. A transmissão das imagens é feita em tempo real. Para Moretti, o custo de funcionamento é considerado baixo (US$ 500,00 cada hora de vôo).

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