quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Banco Central diz que inadimplência sobe e chega a 5,5% em outubro

O Banco Central responsabilizou a greve dos bancos, que dificultou a renovação de empréstimos e o pagamento de prestações, pelo aumento dos juros e da inadimplência para pessoas físicas em outubro. Os juros bancários voltaram a subir, apesar da redução recente da taxa básica, que caiu de 12,5% para 11,5% ao ano desde agosto. A taxa de juros geral subiu 0,5 ponto percentual, para 39,5% ao ano. Para pessoas físicas, a taxa atingiu 47%, o maior patamar desde maio de 2009, quando estava em 47,3%. A taxa para empresas caiu 0,2 ponto percentual, para 29,8%. Segundo o Banco Central, o juro médio para o consumidor fechou o mês em 47% ao ano, o maior valor desde maio de 2009. Os dados do Banco Central mostram ainda elevação da inadimplência. O volume financeiro de dívidas com pagamentos em atraso há mais de 90 dias, critério usado para medir inadimplência, saiu de 5,3% para 5,5% do universo de operações tomadas como referência para apuração dos juros. Essas operações, cujo saldo chegou ao fim de julho em R$ 1,028 trilhão, representam cerca de metade da carteira total do sistema financeiro e quase todo o volume de aplicações com recursos livres dos bancos (sem destinação obrigatória). No segmento de pessoas físicas, a inadimplência subiu de 7% para 7,1% de setembro para outubro. Nos empréstimos e financiamentos referenciais a empresas, esse indicador de potencial calote passou de 3,8% para 4%.

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