sábado, 26 de novembro de 2011

Banco Central espera que câmbio reduza a dívida para 36,8% do PIB

O Banco Central estima que a depreciação do real em relação ao dólar americano em novembro produzirá um impacto redutor no saldo da dívida líquida do setor público. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse na sexta-feira que a relação dívida líquida em proporção ao PIB deve encerrar o mês em 36,8%. Se a expectativa da autoridade monetária se confirmar, será a menor relação dívida/PIB para um mês de novembro desde 2001. Para a estimativa, o Banco Central com estimativa de dólar a R$ 1,85. No mês passado, a proporção foi de 38,2%, acima do resultado de setembro, de 37,2%. O aumento de um ponto percentual se deve, de acordo com Maciel, à valorização de 8,9% do real ao longo de outubro. O setor público brasileiro tem mais ativos do que passivos em moeda estrangeira, por causa do expressivo volume de reservas cambiais do Banco Central, incluído nas estatísticas fiscais do governo central. Para efeito de cálculo da dívida líquida, o valor dessas reservas, que entra abatendo o endividamento, é convertido em reais. Por isso, quando o dólar sobe, o efeito é redutor, à medida que aumenta o saldo em reais das reservas. Segundo cálculos do Banco Central, cada 1% de aumento do dólar implica queda de 0,13 ponto percentual na relação dívida líquida/PIB, ou o equivalente a aproximadamente R$ 5,3 bilhões.

Nenhum comentário: