domingo, 13 de novembro de 2011

Caos na saúde, Sindicato Médico encontra leitos vazios na UTI do HPS, e pacientes esperando vaga

Em uma vistoria de surpresa realizada neste domingo, em pleno feriadão, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) constatou que existem leitos vazios na UTI Clínica do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), enquanto pacientes em estado grave continuam aguardando vaga, internado na emergência do hospital. "Pelo menos dois pacientes são mantidos na sala de politraumatizados quando deveriam ocupar duas vagas da UTI", reclama o presidente do Sindicato Médico, Paulo Argollo Mendes. Um desses pacientes, um senhor de 64 anos, está há mais de dois dias na emergência, entubado. De acordo com o Sindicato, a razão apresentada pela direção do hospital para não ocorrer a transferência do paciente seria a falta de técnicos de enfermagem. O médico Paulo Argollo Mendes já avisou: vai se reunir nesta segunda-feira com o Ministério Público Estadual para pedir providências urgentes que supram a necessidade de pessoal na instituição. Neste domingo, um técnico da UTI Clínica teria sido deslocado para a de trauma, o que reduziu o atendimento a três técnicos para cada sete pacientes na UTI Clínica, que não pode receber mais doentes se não tiver mais profissionais. O Sindicato havia denunciado que uma circular interna, da última sexta-feira, determinara a desativação de leitos da UTI Clínica. Depois, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu nova circular, reforçando que o HPS atenderá prioritariamente traumas. O Sindicato reclama que a decisão de restringir a internação não foi comunicada aos demais hospitais, que também registram quadro de extrema superlotação. A situação da saúde no Rio Grande do Sul é extremamente caótica, catastrófica. Faltam leitos hospitalares, especialmente os de UTI (aí se incluindos as UTIs neonatais). É evidente a necessidade de emergencial de instalação de no mínimo dois hospitais de campanha em Porto Alegre, e outro na região da Serra gaúcha, enquanto não são reativados hospitais fechados há anos, que se encontra sem solução.

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