sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cartola da Fifa diz que Copa-2014 não terá dinheiro público

Três dias após ser alvo de deputados como o ex-jogador Romário durante audiência em Brasília, quando chegou a ser perguntado ao lado de Ricardo Teixeira se havia "recebido propina", o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, publicou texto no site da entidade sobre a "muito produtiva" viagem que fez ao Brasil para tratar da Copa do Mundo de 2014. A certa altura, entre se dizer confiante de que a polêmica envolvendo a Lei Geral da Copa será resolvida e tentar explicar a lista de exigências da Fifa ao Brasil, Valcke chamou a atenção ao declarar que o Mundial não terá dinheiro público. "Ao contrário dos Jogos Olímpicos, onde a maioria dos custos de organização do evento são do país-sede, a Copa é uma operação completamente privada", iniciou. "A Fifa está investindo mais de US$ 1,2 bilhão na organização da Copa. Não há dinheiro público usado para organizar a competição em si. Todo o investimento do governo federal e outras autoridades são para infraestrutura e vai permanecer no Brasil em benefícios aos brasileiros", acrescentou. Esse dirigente da Fifa pensa que todos os brasileiros são jumentos, que não pensam. Por exemplo: todos os estádios estão sendo construídos com dinheiro público, financiado por um banco público, o BNDES, com taxas subsidiadas. Por que as empreiteiras que se associaram com clubes não foram pedir financiamento ao Banf of America, ou outro similar? Ainda de acordo com o secretário-geral, "a realização de um evento dessa magnitude vai além das arenas de nível mundial. A chave para o sucesso é toda uma infraestrutura de transporte público, aeroportos capacitados e facilidades de acomodação". E completou, no final: "Temos de assegurar que todo torcedor poderá seguir a sua seleção pelo país e não tenha pesadelos logísticos durante a Copa. Isso se aplica aos brasileiros e aos turistas internacionais". Como é bondoso esse dirigente da Fifa, tão preocupado com políticas sociais, não é mesmo?!!! Alem de destacar o encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff e o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, Valcke fez questão de afirmar que as exigências da Fifa ao Brasil são as mesmas de Copas anteriores.

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