quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Censo do IBGE mostra que metade mais pobre da população brasileira fica com 17,7% da renda

A parcela dos 10% de brasileiros mais ricos ficou com 44,5% da renda nacional em 2010, contra o 1,1% da renda conquistada pelos 10% mais pobres. As informações fazem parte dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010 divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. As estatísticas revelam que, apesar do crescimento da renda em todos os níveis, o Brasil ainda é muito desigual. A metade mais pobre da população ficou com apenas 17,7% da renda total. A renda média mensal das pessoas com 10 anos ou mais foi calculada em R$ 1.202,00 pelo IBGE. Na área rural, a renda ficou em menos da metade (R$ 596) dos rendimentos médios da zona urbana (R$ 1.294,00). Entre as regiões, o Centro-Oeste (R$ 1.422,00) e o Sudeste (R$ 1.396,00) tiveram os rendimentos mais elevados, vindo em seguida o Sul (R$ 1.282,00), Nordeste (R$ 806,00) e Norte (R$ 957,00). O número médio de moradores em domicílios particulares permanentes foi calculado em 3,3 pelo IBGE. Na classe de até um oitavo do salário mínimo, o número médio de moradores foi de 4,9; já na de mais de dez salários, foi de 2,1. A tendência foi observada em todas as regiões, tanto nas áreas urbanas como nas rurais. O percentual de pessoas sem rendimento foi mais elevado nas regiões Norte (45,4%) e Nordeste (42,3%) e mais baixo na Sul (29,9%), ficando próximos os da Sudeste (35,1%) e Centro-Oeste (34,8%). Entre as pessoas que recebiam mais de cinco salários mínimos, os percentuais das regiões Nordeste (2,6%) e Norte (3,1%) ficaram em patamar inferior ao das demais. O indicador alcançou 6,1%, na região Sul; 6,7%, na Sudeste; e 7,3%, na Centro-Oeste. A distribuição das pessoas de 10 anos ou mais por classes de rendimento mostrou que, na área rural, os percentuais de pessoas nas classes sem rendimento (45,4%) e até um salário mínimo (15,2%) foram maiores que os da urbana (35,6% e 4,8%, respectivamente). Já a parcela que ganhava mais de cinco salários mínimos mensais ficou em 1% na área rural e 6% na urbana.

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