quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Censo mostra que mortes de jovens são quatro vezes maiores do que entre mulheres

Para cada grupo de 100 mulheres que morrem no Brasil, há 133,4 mortes de homens, segundo os Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010 divulgados pelo IBGE. No ano passado, o Censo introduziu questionários sobre a ocorrência de óbitos nos domicílios visitados pelos recenseadores. No período entre agosto de 2009 e julho de 2010, foram contabilizadas mais de um milhão de mortes, sendo 57,2% de homens e 42,8% de mulheres. A disparidade, segundo o IBGE, pode ser explicada também pela maior parcela da população ser constituída por homens (103,4 homens para cada 100 mulheres). O Estado onde morreram mais homens em relação às mulheres foi em Rondônia, onde 165,7 homens morrem para cada 100 mulheres. Já o Rio de Janeiro tem o menor razão de óbitos entre os sexos, com 116,7 mortes masculinas para cada 100 femininas. Neste número também há influência da divisão demográfica: somente 47,7% da população do Rio de Janeiro é masculina. A sobremortalidade masculina ocorre em quase todos as faixas etárias, mas é maior entre os 20 a 24 anos, quando a proporção é de de 420 para 100. Dos 15 aos 19 anos, 350 homens morrem para cada 100 mulheres, e, dos 25 aos 29, são 348 para 100. Segundo o IBGE, a grande diferença entre os mais jovens se deve ao alto número de óbitos por causas externas ou violentas, como homicídios e acidentes de trânsito, que atingem mais a população masculina. A partir dos 24 anos o indicador começa a cair e, na faixa acima dos 81, o número de mulheres que morrem já supera o dos homens. O motivo, diz o IBGE, é a maior proporção de mulheres na população idosa.

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