segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Conservadores varrem os socialistas e obtêm esmagadora vitória na eleição na Espanha

Com a vitória do conservador Partido Popular nas eleições espanholas deste domingo, a Espanha se tornou o quinto país da zona do euro a trocar de governo em decorrência da crise econômica. Em Portugal e Irlanda, as mudanças foram determinadas pelas urnas. Os primeiros-ministros de Grécia e Itália renunciaram. O partido liderado por Mariano Rajoy alcançou a maioria absoluta com 186 do total de 350 parlamentares, em uma eleição que teve 30% de abstenções. O conservador Mariano Rajoy afirmou que ele é a esperança que vence o medo. Com 44,4% dos votos contra 28,6% do Partido Socialista Operário Espanhol, o candidato do Partido Popular se definiu como "o voto da esperança frente ao medo de que continuasse no governo gente que não soube responder às necessidades da nação". O líder conservador saudou seus eleitores que comemoravam em frente a sede do partido, avisando: "Com a vitória "diremos à União Européia que deixaremos de ser um problema para formar parte da solução. O que vem por diante é muito difícil, porque essa gente nos deixou duros". E advertiu que ninguém deve esperar milagres de um dia para outro porque "tirar a Espanha da crise não vai sair grátis". O resultado é a maior derrota histórica do socialistas que deixam o poder após dois mandatos do primeiro ministro José Luis Rodríguez Zapatero, caindo de 169 para 110 deputados no Congresso. O candidato derrotado, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que "a Espanha está numa encruzilhada histórica", referindo-se ao momento econômico. Isto significa, segundo analistas, que não são esperados melhores índices de crescimento, nem redução da taxa de desemprego e do déficit público antes de 2013. Os especialistas também acham que será complicado controlar a pressão dos mercados nos próximos meses, até que se saiba se a Espanha precisará ou não de um resgate financeiro da União Européia ou do FMI. O PSOE foi castigado pelos eleitores pela forma como administrou a crise, fazendo cortes sociais. E agora se elege um governo que fará muitos mais cortes. Além dos problemas econômicos o novo governo terá que resolver outras questões polêmicas. As privatizações nas áreas de saúde e educação já estão provocando debates e greves. Em cidades como Madri, Barcelona e Valencia os professores estão em greve pelas medidas dos governos regionais (conservadores) de cortes e cessão de nacos de administrações públicas a grupos privados.

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