quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dólar sobe quase 3% e fecha no maior nível desde outubro

O dólar subiu quase 3% e superou R$ 1,85 nesta quarta-feira, fechando no menor nível desde 4 de outubro em meio ao agravamento da aversão a risco no mercado internacional. A moeda norte-americana fechou a R$ 1,8597 para venda, em alta de 2,94%. O aumento da aversão a risco no exterior começou após o resultado do índice PMI para o setor manufatureiro da China, que caiu para 48 em novembro e mostrou a maior contração em 32 meses por causa da fraqueza da demanda local. Mais tarde, a demanda relativamente fraca por títulos alemães em um leilão de bônus inquietou os investidores, que viram um sinal de que a crise na zona do euro está começando a afetar diretamente a Alemanha, maior economia da região. A subida do dólar aumenta a expectativa entre operadores por uma intervenção do Banco Central. A autoridade monetária ainda não atuou no mercado este mês. "É claro que, quando o mercado chega nesse patamar acima de R$ 1,85, sempre vem aquela lembrança de que o Banco Central está aí", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado, citando a possibilidade de uma pesquisa de demanda por swap cambial conforme se aproxima o fim do mês. Os leilões de swap cambial funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro. Eles foram usados pela autoridade monetária nos últimos dois meses quando o dólar operava em torno de R$ 1,90. Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o patamar recente do dólar era "razoável" após várias medidas tomadas pelo governo no primeiro semestre para frear a valorização do real.

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