sábado, 19 de novembro de 2011

Falha técnica causou vazamento de óleo na bacia de Campos

O vazamento de um poço de petróleo operado pela Chevron, na bacia de Campos, ocorreu por problemas de operação da petroleira, e não por falhas geológicas, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Imagens submarinas feitas pela Chevron na última quinta-feira indicaram que o fluxo de óleo que há dez dias sai de um poço da empresa no pós-sal está diminuindo, mas o volume de petróleo que já foi liberado para o mar é muitíssimo maior do que o informado inicialmente. Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, o relatório da equipe do órgão que acompanha na Chevron as operações para interromper o vazamento iniciado no dia 7 informa que ele é residual. Vazaram 2.300 barris. Ele admitiu, no entanto, que a mancha cresceu nos últimos dias, já que a tendência do óleo é se espalhar. Segundo Lima, a mancha estaria seguindo para o sudeste e já estaria bem diluída: "O primeiro estágio de cimentação do poço foi concluído na sexta-feira. Com o fechamento do poço, a mancha vai deixar de ser alimentada". O escapamento do petróleo para a superfície ocorreu a 150 metros do poço, informou Lima. Ao todo serão cinco etapas para o fechamento do poço. Lima disse ainda que a multa à Chevron "será alta", mas não soube informar o valor. "Temos que avaliar as causas. No princípio eles argumentaram que o acidente foi por causas naturais, mas não aceitamos, vamos investigar", disse o diretor. Para o delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, não há dúvida de que houve crime ambiental. "O crime de poluição já está configurado", afirmou.

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