quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Haddad leva com moleza a situação do reitor da Universidade Federal de Rondônia

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na tarde da quarta-feira que considera “correta” a decisão do ex-reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), José Januário de Oliveira Amaral, de pedir afastamento após sua gestão ser alvo de investigação por irregularidades, como suspeita de desvio de verbas. Segundo Haddad, o próprio ex-reitor, que se reuniu com ele na manhã da quarta-feira, se antecipou ao pedido de renúncia que o ministro pediria para ele fazer: “Independentemente de mandato, ele entendeu que tem que colocar os interesses da instituição acima dos interesses pessoais. E não via condições de recuperar legitimidade para exercer o cargo". O ministro disse que não teve acesso ao resultado das investigações que estão sendo feitas sobre as irregularidades na gestão. De acordo com Haddad, a legislação coloca 60 dias para a instituição fazer a consulta para escolher o novo dirigente. “Vamos proceder respeitando a autonomia universitária, mas colocando o direito à educação à frente desse princípio”, declarou o ministro. A gestão do reitor da Unir é alvo de 16 processos no Ministério Público Federal. Entre eles estão o acompanhamento de obras como o Hospital Universitário e a apuração de denúncias a respeito de processos seletivos para mestrado e vestibular, acesso a livros de cursos e abandono de vários campi da instituição. A verdade é que os descalabros na Universidade Federal de Rondônia vinham se acumulando, e o Ministério da Educação não estava nem aí, como é do feitio de Haddad. Metade dos campi federais ficou em greve mais de quatro meses, até outro dia, e a imprensa quase não deu notícia. Haddad está se criando como um dos inimputáveis da República.

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