segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Justiça do Camboja ouve acusações contra chefes genocidas do comunista Khmer Vermelho

Três ex-dirigentes do regime maoísta do Khmer Vermelho, que governou o Camboja de 1975 a 1979, compareceram nesta segunda-feira a um tribunal especial para escutar as alegações iniciais, em um dos mais complexos e importantes julgamentos por crimes de guerra já realizados no mundo. Os três sobreviventes da cúpula do Khmer Vermelho são acusados de ser responsáveis pelos piores crimes de guerra e contra a humanidade do século 20. Os promotores devem pedir a pena máxima (prisão perpétua) para o ex-presidente Khieu Samphan, o ex-chanceler Ieng Sary e o ex-vice-líder do regime Nuon Chea, pelo envolvimento deles nos campos de extermínio que vitimaram um quarto da população cambojana. Os três estavam entre os principais assessores do falecido líder revolucionário Pol Pot, que instituiu um regime agrário e de coletivização forçada, um verdadeiro genocídio. Estima-se que mais de 1,7 milhão de pessoas tenham morrido de fome, doenças evitáveis, torturas e execuções nos chamados "campos da morte". Um quarto réu no processo, o ex-ministro de Assuntos Sociais, Ieng Thirith, foi declarado na quinta-feira mentalmente incapaz de ser julgado. Os réus foram indiciados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, conforme as leis do Camboja e o direito internacional.

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