quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oposição gaúcha dá um lastimável exemplo de rendição ao petismo

Os líderes dos cinco Partidos de oposição na Assembléia Legislativa estiveram no início da tarde com o governador petista Tarso Genro, no Palácio Piratini. Os líderes do PMDB, PPS, PP, DEM e PSDB, entregaram um manifesto declarando integral apoio ao Governo do Estado para adotar uma política de incentivos para atrair uma fábrica de automóveis para o Rio Grande do Sul. O líder do PMDB, deputado estadual Giovani Feltes, disse que o governo precisa avançar muito mais nas ofertas aos empreendedores, já que a guerra fiscal colocou em situação de franca vantagem os Estados do Nordeste e Norte. A atitude destes oposicionistas é no mínimo lastimável. O governo do peremptório Tarso Genro não precisa deles para aprovar o que quer que seja na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, porque tem ampla maioria. Certas coisas não devem ser feitas. Karl Marx, o papa das esquerdas, disse no seu livro "18 Brumário" (a análise de um golpe de Estado), a frase que deveria ter sido lembrada por estes candidatos a um estadismo jeca: "A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". Durante a ditadura militar, a oposição gaúcha, comandada por Pedro Simon e o MDB, em um momento muito difícil, precisou mostrar que não era contra tudo e contra todos, e se colocou amplamente favorável à proposta de implantação do Pólo Petroquímico de Triunfo. Querer repetir esse momento na atualidade é uma grande bobagem, uma total asneira. Nem Giovani Feltes tem a estatura política que Pedro Simon havia alcançado (Feltes só é alto), nem o PMDB atual é o MDB antigo. O PT carrega consigo marcado na pele o fato de ter sido responsável pelo escorraçamento da Ford do Rio Grande do Sul no governo do "Exterminador do Futuro", o petista Olívio Dutra. E agora precisa se redimir dessa marca, desse papel. Por que os partidos de oposição precisariam contribuir para a solenidade de batismo que promoveria a redenção do petismo? Por aí se vê que política gaúcha não produz mais sequer candidatos a estadistas. Nenhum dos que aí estão têm vocação para alcançar a estatura de um Oswaldo Aranha.

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