terça-feira, 8 de novembro de 2011

Países alertam que Itália é grande demais para receber resgate

Com o aumento das preocupações sobre a saúde financeira e econômica italiana, autoridades da Finlândia e da Áustria alertaram nesta terça-feira que a Itália é um país excessivamente grande para ser resgatado em um pacote de ajuda, a exemplo do que está sendo feito com a Grécia. O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, disse: "É difícil ver que nós na Europa teríamos os recursos para colocar em um país do tamanho da Itália, em um programa de resgate". Em relação à política nacional, Katainen ressaltou que, embora as finanças públicas da Finlândia estejam sólidas, o envelhecimento de sua população irá piorar a situação, e o governo está preparado para introduzir medidas de austeridade e reformas estruturais. A ministra austríaca da Economia, Maria Fekter, afirmou que, devido ao tamanho da Itália, Roma deve adotar medidas de ajuste fiscal para não precisar de um resgate europeu, a exemplo dos gregos: "A Itália sabe que, por seu tamanho, não pode receber ajuda externa. Por isto a Itália deve fazer sacrifícios". Com as dúvidas latentes sobre a possibilidade do governo do premiê Silvio Berlusconi cumprir as metas de redução do deficit público, os investidores fugiam nesta sessão do mercado da dívida italiana, o que levou as taxas de juros dos títulos a dez anos a um novo recorde desde a instauração da zona do euro. O rendimento dos títulos italianos alcançava 6,73%, um nível insustentável para a enorme dívida do país. Além disso, a nota de risco da Itália alcançou um novo pico histórico, com 495 pontos básicos, chegando a níveis inacessíveis para o financiamento da economia nacional com normalidade.

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