terça-feira, 8 de novembro de 2011

Paraná quer desafogar porto de Paranaguá

O porto de Antonina tem sido usado pelo governo do Paraná para "desafogar" o tráfego no porto de Paranaguá, segundo maior porto do País e distante 22 quilômetros de Antonina. Do ano passado para cá, a movimentação de cargas no porto, que tem apenas dois berços para atracação de navios (contra 20 em Paranaguá), aumentou 270%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. A estratégia do governo estadual é deslocar especialmente as cargas de fertilizantes para Antonina, que são importadas. Hoje, Paranaguá importa cerca de 50% de todo o fertilizante usado no Brasil. O tempo de espera para atracação dos navios no porto chega a superar um mês. Com a entrada de Antonina no desembarque de fertilizantes, esse tempo diminuiu em cerca de três dias, segundo o governo estadual. "Nós tiramos do sistema de Paranaguá 1 milhão de toneladas por ano", afirma o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Airton Vidal Maron. O aumento da movimentação em Antonina coincide ainda com a aquisição, no fim do ano passado, de um novo guindaste pelo porto. "O guindaste nos deu um enorme ganho de velocidade", diz o diretor-presidente dos Terminais Portuários da Ponta do Félix (empresa privada que opera o porto), Luiz Henrique Dividino. Ele afirma que houve uma estratégia conjunta do governo estadual e da operadora privada para transformar Antonina em alternativa a Paranaguá. A estratégia, porém, ainda encontra limitações: a profundidade de Antonina é muito baixa em comparação a Paranaguá (apenas 7 metros, ante 12 metros no porto vizinho). Por causa disso, muitos navios só conseguem descarregar em Antonina depois de serem "esvaziados" em outros terminais. O governo planeja iniciar uma dragagem para aprofundar o calado do terminal em 2012. A licença ambiental deverá sair no início do ano. O Estado gastará R$ 180 milhões na obra, que aumentará a profundidade de Antonina para cerca de nove metros. Já os investimentos privados no porto devem somar R$ 90 milhões até 2014. A meta é triplicar a movimentação de mercadorias até lá.

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