quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Petista Buratti afirma que sofreu violência para denunciar Palocci

Pivô da denúncia da "Máfia do Lixo" de Ribeirão, que envolveu o ex-ministro Antonio Palocci (PT) em um suposto esquema de propinas, o advogado petista Rogério Tadeu Buratti tem nova versão para o caso seis anos depois. Ele disse ter sido vítima de violência física para denunciar Palocci, em 2005. "Todo aquele cenário montado foi uma grande coação", afirmou, referindo-se à prisão e às imagens de seu depoimento, prestadas na Delegacia Seccional e que vazaram na imprensa na época. A Secretaria da Segurança Pública e a Promotoria, que também participou dos depoimentos, negaram que o advogado tenha sofrido violência. Em 2005, a polícia e o Ministério Público gravaram o depoimento do advogado. As imagens não mostraram, porém, nenhuma agressão. Buratti afirma também ter sido vítima de violência moral, que o atingiu e também à sua família. Segundo ele, sua prisão foi "objeto de utilização política de toda ordem". Na ocasião, Buratti, então diretor da empresa Leão Ambiental, foi preso suspeito de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro. Na delegacia, segundo Costa, Buratti declarou que o ex-ministro recebia R$ 50 mil mensais do grupo Leão Leão - do qual fazia parte a Leão Ambiental. O montante, segundo o depoimento, seria repassado para o PT. Depois da denúncia, Palocci caiu. "Ele disse que iria contar o que sabia porque tinha medo de morrer", afirmou o promotor. Além disso, segundo Costa, em nenhum momento Buratti foi questionado especificamente sobre Palocci. Dois anos depois, Buratti voltou atrás e registrou em cartório que as informações dadas em 2005 não eram verdadeiras. Buratti disse que teve que se mudar para a Itália, onde atua num escritório de advocacia, porque foi "jogado para fora" do mercado de trabalho: "Lamentavelmente não conseguia mais trabalho no Brasil e, ao contrário do que diziam, não sou nada rico. Preciso trabalhar, viver, pagar minhas contas e educar meus filhos. Estou lutando muito para reconstruir minha vida".

Nenhum comentário: