quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Promotor diz que três pessoas avisaram juíza Patricia Acioli que coronel PM queria matá-la

No depoimento em audiência nesta quarta-feira, na 3ª Vara Criminal de Niterói, o promotor Paulo Roberto Cunha, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, afirmou que a juíza Patrícia Acioli, assassinada no dia 11 de agosto, foi avisada por três pessoas diferentes sobre a intenção do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira de matá-la. Segundo Cunha, a juíza não informou o Tribunal de Justiça sobre as denúncias, pois nenhum dos informantes se dispôs a documentar as acusações. Além de Paulo Roberto Cunha, a audiência de instrução nesta quarta-feira ouviu a promotora Ana Beatriz Miguel, também da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, e o delegado titular da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, responsável pelas investigações policiais. A promotora Ana Beatriz Miguel afirmou Patrícia Acioli dizia receber recados do tenente-coronel Oliveira, mas que nunca revelou seu conteúdo. Segundo a promotora, quando questionada sobre os recados, a juíza respondia: "Não queira saber". Dois dos réus (o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira e o tenente Daniel Benitez Lopez) estavam presentes na audiência. A Justiça pretende ouvir 14 testemunhas de acusação do caso em audiências entre estas quarta e quinta-feira. Entre os dias 11, 16 e 17 de novembro devem ser ouvidas 130 testemunhas de defesa e, no dia 18 de novembro, os 11 réus serão ouvidos. A magistrada foi morta no dia 11 de agosto com 21 tiros quando chegava em casa após um dia de trabalho. Segundo investigações, a juíza passou a incomodar o grupo de policiais militares quando foram iniciadas investigações sobre a corrupção no batalhão de São Gonçalo. Quando a polícia é o bandido, faz-se o quê?

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