sábado, 26 de novembro de 2011

Reitor da Universidade de Rondônia diz que sofre perseguição política e homofobia

O reitor da Unir (Fundação Universidade Federal de Rondônia), José Januário de Oliveira Amaral, afirmou que pediu renúncia do cargo porque se viu como um entrave para o andamento da universidade, em greve há mais de 70 dias, mas disse que é inocente em relação às denúncias de supostos desvios de recursos na Fundação Riomar, ligada à Unir. "A Riomar é um ente jurídico, a Unir é outro", disse ele na sexta-feira: "Indiquei a diretoria, mas, se as pessoas fizeram algo errado, elas devem responder por isso". Os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia investigam supostos desvios de verbas e irregularidades em obras e licitações. O reitor afirma que é alvo de perseguição política e de homofobia (ele é homossexual assumido). "A greve não é para discutir melhorias para a universidade. O objetivo sempre foi me tirar da reitoria", afirmou ele. José Januário de Oliveira Amaral admite que tem corresponsabilidade em parte dos problemas enfrentados pela universidade, como a falta de papel higiênico em banheiros e de limpeza nos campi, mas atribui os problemas também à falta de recursos e funcionários: "Eu não soube lidar com o crescimento da universidade, que passou de 6.800 alunos, em 2006, para mais de 11 mil neste ano, enquanto o número de funcionários continuou o mesmo". Sobre as 46 obras da Unir paradas ou atrasadas, ele diz que o que foi licitado foi cumprido, mas que as obras não foram concluídas por falta de profissionais e recursos ainda não liberados.

Nenhum comentário: