quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Roberto Jefferson diz que pretende voltar ao Congresso

O deputado federal cassado e presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), afirmou nesta quinta-feira que pretende voltar ao Congresso, mas descartou a possibilidade de a Câmara aprovar uma anistia para os parlamentares que perderam os mandatos acusados de envolvimento no mensalão. Na semana passada, o deputado federal mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP), também réu no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal sobre o caso, incluiu a proposta de anistia na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Após ser questionado sobre a manobra, o parlamentar, que preside a comissão, afirmou que retiraria o projeto da pauta. Na avaliação de Roberto Jefferson, a cassação de seus direitos políticos por 13 anos foi "um excesso", mas, mesmo que o projeto volte a tramitar, a pressão da sociedade impedirá sua aprovação. "Não creio na aprovação. A pressão da opinião pública é muito grande contra isso. Não haverá anistia para nenhum cassado", sentenciou. Além de Jefferson, a anistia beneficiaria ainda José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-SP), também cassados acusados de envolvimento no esquema, que poderiam disputar as eleições do ano que vem. O presidente do PTB confirmou que gostaria de voltar a disputar uma vaga de deputado federal. "Eu fui cassado por 13 anos. É um excesso. Só posso voltar em 2018. É muito tempo", avaliou o petebista, que não acredita no julgamento do caso pelo Supremo antes do pleito de 2012. "A ação não será julgada ano que vem, porque é muito em cima da eleição. Haverá pressões políticas e o Supremo é sensível a essas pressões. Creio que esse julgamento virá no segundo semestre, depois das eleições, ou em 2013", disse. Para o ex-deputado, homenageado nesta quinta-feira pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o mensalão, que, consistia pelo PT de apoio de parlamentares a projetos do governo Lula, não funciona mais. Mas, para ele, o esquema foi o "prelúdio" da série de escândalos que tem atingido o governo da presidente Dilma Rousseff: "Não houve nunca antes na história desse País uma coleção tão grande de escândalos. O mensalão foi o prelúdio, mas hoje nós estamos vivendo toda a história. As condutas são muito irregulares".

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