domingo, 11 de dezembro de 2011

Bicheiros do Rio de Janeiro se unem a máfias russa e israelense

Para escapar da maré de azar imposta pela Polícia Federal, com suas ações de combate aos caça-níqueis, a cúpula da contravenção no Rio de Janeiro vem apostando suas fichas em cassinos no Exterior. Investigações da Polícia Federal apontam a participação de bicheiros na exploração do jogo no Uruguai, na Argentina e no Equador, países da América do Sul onde a atividade não é proibida. A jogada, entretanto, não garante a legalidade do investimento, sustentado com recursos provenientes de bingos clandestinos. A globalização do bicho estaria associada a parcerias com máfias internacionais, responsáveis por operações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e contrabando. Integrantes de organizações criminosas, como a israelense Abergil e a russa Bratva, são acusados, na Justiça, de fornecer placas eletrônicas (usadas em caça-níqueis) e até explosivo plástico a contraventores do Rio de Janeiro. A expansão dos negócios da cúpula do bicho para países vizinhos veio à tona a partir de investigações da Polícia Federal que resultaram nas operações Hurricane, Escambo (realizada pela Superintendência do Rio Grande do Norte) e Black Ops (a mais recente). Os indícios de envolvimento de contraventores do Rio de Janeiro com cassinos no Exterior surgiram do cruzamento de dados relacionados a remessas de dinheiro para contas e empresas offshore, constituídas no Uruguai e no Panamá, ligadas a hotéis-cassinos na América do Sul. Na lista de bicheiros suspeitos figuram Aniz Abrahão David, Ailton Guimarães Jorge (o capitão Guimarães), Antônio Petrus Kalil (o Turcão), Luiz Pacheco Drumond e José Caruzzo Escafura (o Piruinha).

Nenhum comentário: