sábado, 10 de dezembro de 2011

Cemig vai à Justiça contra 470 ranchos em São Paulo, Minas Gerais e Goiás

Casas espaçosas, construídas à beira de represas entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, estão na mira da Cemig, companhia de energia de Minas Gerais. De acordo com a empresa, 1.800 propriedades estão irregulares porque avançam a área de segurança de inundação das represas: caso seja preciso represar mais água, construções, ou parte delas, ficariam submersas. Por isso, a Cemig entrou com 470 ações de reintegração de posse na Justiça para tentar desapropriar os ranchos e regularizar os casos. A empresa é responsável por represas nos leitos dos rios Grande, Paranaína e Araguari, localizadas em seis cidades de São Paulo, Minas Gerais e Goiás (Rifaina, Miguelópolis, Nova Ponte, Uberlândia, Araguari e São Simão). Essas represas abastecem cinco hidrelétricas. Entre Rifaina (SP) e Sacramento (MG), por exemplo, as margens da represa da Usina de Jaguara estão tomadas por ranchos com casas de até sete quartos, churrasqueira, piscinas e píers à beira do rio. Com lanchas, barcos e jet skis, os ranchos movimentam a economia local, empregando caseiros e criando demanda por marinas. Os imóveis são avaliados, em média, por R$ 400 mil, mas em novembro um foi vendido por R$ 3,2 milhões. O secretário de Turismo de Rifaina, Cláudio Masson, disse que há de 450 a 500 ranchos às margens do rio, mas nem todos estão irregulares. "É preciso um acordo amigável, pois os rancheiros consomem na cidade", afirmou. Já em Miguelópolis, na área da usina Volta Grande, há 800 ranchos.

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