quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Chile elimina voto obrigatório e soma cinco milhões de potenciais eleitores

O Chile modificou seu sistema de votação, passando para um voto voluntário em vez de obrigatório e inscrição automática ao completar 18 anos. Segundo analistas, a medida fará com que quase cinco milhões de pessoas, em sua maioria jovens, possam passar a votar, somando incerteza às próximas eleições. Considerada a reforma mais profunda do sistema eleitoral, a modificação foi aprovada pelo Congresso chileno por 15 votos a favor, 8 contra e 3 abstenções, ao fim de uma tramitação de 13 meses que exigiu uma reforma constitucional prévia. "O Congresso nacional aprovou a lei que estabelece a inscrição automática e o voto voluntário. Isto significa que quase cinco milhões de chilenas e chilenos que não participavam de nossa democracia serão cidadãos com direito a voto", disse o presidente Sebastián Piñera. A reforma termina com o sistema imposto pela ditadura de Augusto Pinochet, que estabeleceu a inscrição voluntária para os maiores de 18 anos e o voto obrigatório para o resto da vida uma vez cumprido o trâmite, com fortes sanções econômicas para aqueles que não votaram. Segundo analistas, tal reforma do ditador tentou inibir a presença dos setores populares e garantir a vitória eleitoral no regime, que perdeu, no entanto, o plebiscito no qual buscou se eternizar em 1988.

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