terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Construção civil deve puxar crescimento do País

Apesar de sentir efeitos das medidas de contenção do consumo adotadas pelo governo federal no primeiro semestre, a construção civil brasileira deve seguir à frente do PIB em 2011 e 2012. Mais: são as indústrias do tijolo, do cimento e do aço que têm evitado uma queda mais dramática do PIB brasileiro. Após dois anos com crescimentos espetaculares (8,3%, em 2009, e 15,2%, em 2010), o setor da construção civil deve fechar o ano de 2011 com uma expansão de 4,8%. Em dezembro de 2010, o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo) estimou em 6% o desempenho do ano. Menor do que os anos anteriores, mas ainda à frente do PIB, que deve fechar o ano em 3%, aponta a indústria da construção civil. "O importante é que essa indústria mantém-se em um ritmo mais forte do que o PIB. Isso deve continuar nos próximos três ou quatro trimestres", diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do Departamento de Economia do sindicato. A previsão do setor, apresentada em São Paulo nesta terça-feira, aponta que a indústria da construção civil vai crescer 5,2% em 2012, enquanto o PIB do País avançará 3,5%. O governo deve acelerar a segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida. Boa parte das unidades da primeira fase ainda não foram entregues. Mais de 60% do total de 1 milhão de unidades estão em fase de construção, portanto, com demanda de material. Da segunda fase, apenas 118 mil das 317,3 mil unidades contratadas foram entregues. O crédito habitacional, que atingiu patamar de R$ 117 bilhões (30% além do volume de 2010), deve continuar expandindo no ano que vem. A previsão da coordenadora de projetos da FGV, Ana Maria Castelo, é de um crescimento nominal (não deflacionado) também de 30%, alcançando cifra da ordem de R$ 152,1 bilhões (entre recursos do FGTS e do Sistema Brasileira de Poupança e Empréstimo). O financiamento dos projetos de infraestrutura seguem no mesmo ritmo de 2010. Até setembro, o BNDES, principal financiador do setor, havia desembolsado R$ 38 bilhões, R$ 1,5 bilhão além das liberações feitas em igual período de 2010.

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