quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Copom vê aumento dos riscos globais e reitera ajuste moderado da Selic

Os riscos para a estabilidade financeira global aumentaram, mas as perspectivas para a economia brasileira ainda são vistas como favoráveis, fazendo com que "ajustes moderados" da política monetária sejam suficientes para levar a inflação à meta em 2012. Esta é a avaliação do Copom (Comitê de Política Monetária) na ata de sua última reunião, em que a Selic foi reduzida para 11% ao ano. "O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, ajustes moderados no nível da taxa básica são consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", destacou o colegiado do Banco Central, repetindo comentário que já constava da ata anterior. Ainda sobre o cenário externo, o Copom avaliou que "permanecem elevadas as chances de que restrições às quais hoje estão expostas diversas economias maduras se prolonguem por um período de tempo maior do que o antecipado". Segundo a ata, tanto os preços da gasolina quanto os do gás de bujão devem ter variação nula no ano que vem. Para este ano, foram mantidas as projeções de reajuste de 6,7% para a gasolina e de 2,2% para o gás de bujão. As tarifas de telefonia fixa devem subir 1,5% em 2012 e as de eletricidade, 2,3%, estima o Copom. Em 2011, segundo a ata, os preços de telefonia fixa não devem ter reajuste, ante projeção anterior de alta de 0,9%. Para as tarifas de eletricidade, no entanto, a estimativa de alta de preços ficou maior: passou de 4,1% para 4,5%. O Copom reiterou que a inflação medida pelo IPCA deve ficar "em torno da meta" em 2012. O comitê defendeu também que o governo adote medidas para moderar a concessão de subsídios em operações de crédito.

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