quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"Em tese é crime", diz Gurgel sobre emprego fantasma de Lupi

O procurador da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quinta-feira que trata-se, em tese, de crime o fato de o ministro Carlos Lupi (Trabalho) ter sido funcionário fantasma da Câmara entre 2000 e 2006. Questionado por jornalistas sobre o acúmulo de funções no mesmo período no Legislativo do Rio e no Congresso Nacional, Gurgel respondeu que basta confirmar que ele recebeu e não trabalhou em apenas um lugar para "já configurar crime". "A pessoa que ocupa um determinado cargo, recebe a remuneração e não presta os serviços, isso é uma das formas de peculato", disse o procurador. Ele disse que irá analisar os fatos recentemente revelados pela Folha, por isso falou todo o tempo em tese. Gurgel argumentou que a questão de ter acumulado os cargos pode até configurar "irregularidade administrativa" e até "improbidade", mas não é tão relevante para a questão criminal. "O crime pode acontecer tanto isoladamente, se você tem apenas o cargo no Congresso, como se você acumula com outro e em nenhum dos dois há a prestação do serviço", finalizou.

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