quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estados Unidos consideram aplicar sanções contra Banco Central do Irã

Altos funcionários da administração do presidente dos EUA, Barack Obama, indicaram nesta quinta-feira que podem apoiar "oportunamente" sanções contra o Banco Central iraniano, deixando o Congresso em alerta sobre os riscos de tal medida. Uma iniciativa como esta deve ser "bem concebida e orientada", ressaltou ao Senado Wendy Sherman, diretora política do Departamento de Estado. Os líderes dos dois partidos da Câmara de Representantes pediram que o governo Obama puna o Banco Central do Irã para comprometer o programa nuclear de Teerã, segundo uma carta entregue ao presidente americano divulgada no dia 28 de novembro. O plano do Congresso se concretizou na forma de uma emenda no projeto de lei de financiamento da Defesa, sobre a qual os senadores devem se pronunciar nesta quinta-feira. Se for aprovada, a alteração permitirá congelar os ativos nos Estados Unidos de qualquer instituição financeira que possua negócios com o Banco Central iraniano. Sherman e David Cohen, secretário-adjunto do Tesouro encarregado de terrorismo e inteligência financeira, ressaltaram a necessidade de não agir de forma "multilateral". Além disso, Cohen parabenizou a proposta do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que no dia 21 de novembro, propôs a seus parceiros congelar "instantaneamente" os ativos do Banco Central e interromper a compra de petróleo iraniano. "Uma ação coordenada e concentrada no Banco Central do Irã terá um impacto forte no acesso do Irã ao sistema financeiro internacional e na capacidade de obter divisas fortes, atualmente obtidas com a venda do petróleo", reconheceu David Cohen.

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