quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Exército quer presidente paquistanês fora sem golpe de estado

O Exército paquistanês está cansado do impopular presidente Asif Ali Zardari e quer que ele saia do cargo, mas por meios legais e sem uma repetição dos golpes de estado que foram uma marca registrada nos 64 anos de independência do país. A tensão entre os líderes civis do Paquistão e seus generais está aumentando por causa de um memorando do governo que acusou o Exército de planejar um golpe depois do ataque norte-americano que matou o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, em território paquistanês, em maio. "Quem não está cheio de Zardari? Não é apenas a oposição e as pessoas nas ruas, mas as pessoas dentro do governo também", disse uma fonte militar: "Mas precisa ser de uma maneira apropriada. O Exército não está planejando nenhuma ação. Mesmo se estivéssemos, ela seria muito impopular e não apenas entre o governo e a oposição, mas também entre os paquistaneses". O general Ashfaq Kayani prometeu manter as Forças Armadas fora da política paquistanesa desde que assumiu o comando militar do país, em 2007. Qualquer golpe (Paquistão sofreu três desde a independência em 1947) poderia prejudicar ainda mais a imagem pública das Forças Armadas, que já foram afetadas depois da operação Bin Laden, vista no país como uma violação da sua soberania.

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