quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Extrema direita israelense lançará campanha contra fim de colônias

Dois grupos de extrema direita de Israel confirmaram o lançamento de uma campanha política contra a desocupação dos assentamentos em território palestinos, com foco nos "castigos divinos", termo que foi usado para retratar a doença do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon. De acordo com os organizadores - o movimento Eretz Israel Shelanu (A Terra de Israel é Nossa) e o Fórum para a Salvação do Povo Judeu -, Sharon teria sido castigado por conta da retirada de colonos da faixa de Gaza, assim como outras autoridades israelenses. Segundo Shai Gefen, diretor da campanha, a idéia não é desenvolver propaganda contra Sharon, mas que os atuais dirigentes políticos possam "aprender a lição". "Desejamos que todos tenham uma boa saúde, mas é nossa obrigação advertir que aqueles que causam dano à Terra de Israel serão castigados", disse. O ativista afirmou que "todos os líderes que participaram da desocupação de Gaza sofreram a maldição da retirada". A retirada, ou "Plano de Desligamento", que retirou mais de 8.000 colonos da faixa de Gaza, aconteceu no verão de 2005, depois de mais de 30 anos de ocupação. Com ela, o partido governante que Sharon dirigia se fragmentou em duas formações, o Likud e o Kadima. Com a campanha radical, os organizadores esperam advertir os atuais dirigentes políticos de Israel dos perigos que podem ocorrer após a desocupação dos assentamentos judaicos que, segundo os organizadores, entregam partes da terra bíblica dos israelitas aos palestinos. Mais de 180 colônias judaicas estão fixadas na Cisjordânia, sendo que algumas são de pequeno porte e deverão ser desocupadas por terem sido construídas pelos colonos sem a autorização do governo israelense.

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