quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Governo gaúcho vai contratar mais 10 mil novos professores

O governo petista do Rio Grande do Sul anunciou que vai lançar o edital do concurso para selecionar para contratação mais 10 mil novos professores. As inscrições começarão no dia 16 de janeiro e irão até o dia 31. São esperadas cerca de 100 mil inscrições. A Fundação para Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) gastará R$ 2,7 milhões para fazer o concurso. As inscrições custarão R$ 127,70 e R$ 53,38 para cada candidato, dependendo do seu grau de instrução (quem estudou mais, pagará mais). As provas estão marcadas para acontecer em abril. O governo estadual não divulgou o valor do impacto financeiro das 10 mil nomeações, que ocorrerão até 2014. Os governos gaúchos têm evitado mexer para valer nas questões fundamentais ligadas à produção, produtividade e qualidade da educação pública estadual, sobretudo em relação a questão mais grave de todas que é a aposentadoria precoce dos professores. O Estado conta com mais professores aposentados (81.282) do que em sala de aula (61.221). Mesmo se todos os novos contratados fossem somados aos atuais professores na ativa, ainda assim não ultrapassariam os aposentados (incluindo na conta os que se aposentarão em breve). Professores se apontam com tempo privilegiado de serviço. Recebem mais tempo de vida do Estado na aposentadoria do que no serviço ativo. Mas, a decisão do governo petista é ainda mais criminosa porque não toma uma decisão definitiva de extinção do atual plano de carreira, elaborado pela ditadura militar, que tem levado a educação pública gaúcha ao completo fracasso nos últimos 30 anos. Se o governo petista gaúcho já não consegue pagar o piso salarial nacional com o atual plano de carreira (dividido em cinco níveis, com um multiplicado de 20% entre cada nível, de modo que o nível mais alto representa 100% do mais baixo), que impede o aumento do salário básico.

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